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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

“[Po3]” Estrada Real

Texto de José Newton Coelho Menezes

O termo Estrada Real se refere aos caminhos trilhados pelos colonizadores desde a descoberta do ouro em Minas Gerais até o período de sua exaustão. Um passeio nessa estrada é um retorno a história, é voltar no tempo dos tropeiros que chegavam em seus cavalos e adultos e crianças faziam festa com a chegada da tropeirada. Quem vive por essas bandas guarda na lembrança o tempo em que o ouro 'brotava no chão' e acolhe como ninguém quem chega a essas paragens.
São muitos os trechos que podem ser percorridos na Estrada Real e cada roteiro esconde tesouros históricos, culturais e de belezas naturais. Nessas trilhas, homens e mulheres de variada ordem buscaram espaços de sobrevivência e de produção de bens e na busca, construíram vida, memória e história.
Ir por esses caminhos é desbravar e penetrar no interior num percurso de prazer e de fuga do cotidiano. A Estrada Real, antes era um lugar que o ouro habitava, hoje é uma mina de ouro para o turismo. Tem atrações para o ecoturista, para os interessados em história, para amantes de cavalgadas e caminhadas.
O turismo constrói um sistema de significados para as coisas que legam prazer ao viajante. E nessa construção, estabelece relações entre a vida material do passado, a paisagem e os costumes e a realidade de quem busca diversão, conhecimento, fuga do cotidiano.
Reconhecer um espaço como 'turístico' é elaborar uma construção cultural. É dar sentido e significado a coisas e a costumes de tempos diversos e de pessoas diferentes do turista. Esse processo dá forma a uma narrativa que orienta a busca de cada viajante e que antecipa os prazeres que podem ser buscados e alcançados. Nessa narrativa, visualizam-se alguns pontos, aspectos ou lugares e lançam-se à sombra outros que não se quer ressaltar ou que não foram entendidos pelo narrador.
Ao turista/viajante cabe verificar o que foi iluminado e o que foi deixado à sombra. E tirar de ambos os prazeres que seus sentidos captarem. Nenhum roteiro, portanto, antecipa o prazer e nenhuma narrativa indicadora satisfaz a necessidade de conhecer. Assim, nenhum mapa ou guia tem a pretensão de esgotar as informações ou de informar sobre tudo o que se viverá na viagem.
A alegria de ver um chafariz centenário em Glaura, de conversar entre duas igrejas de Acuruí, de participar de uma festa religiosa no Serro, de admirar a paisagem de Milho Verde, de perceber a paz de Itapanhoacanga, de aproveitar a hospitalidade de Córregos, de banhar-se em cachoeira de São Gonçalo do Rio das Pedras, de comer um pastel de angu em Conceição do Mato Dentro, de ouvir uma seresta em Diamantina, de admirar a lua em Catas Altas, de cochilar em um banco de varanda de fazenda dos arredores de Barão de Cocais, de tomar uma pinga em Sabará ou de ouvir os casos de tropeiros que (incrível) ainda existem pelas lindas trilhas da Serra do Cipó, tudo isso e muito mais é reservado ao turista/aventureiro que se dispõe a abrir seu coração para a percepção de outros cotidianos, muito distintos do seu.
Abra o coração ... e pé na Estrada!
Confira a reportagem completa no site:
http://www.descubraminas.com.br/estradareal/default.asp

Análise:
A reportagem discorre de forma completa sobre o significado da Estrada Real e o que a mesma pode trazer de benefícios para o Brasil se trabalhada de forma correta.
Conta das maravilhas de um atrativo turístico de grande potencial e de misturas culturais peculiares do nosso país.

Proposta:
A Estrada Real deve ser trabalhada de uma forma cultural agregando a ela aspectos históricos e assim preservando sua memória. Deve contar com esforços de instituições governamentais para que possa se manter e oferecer aos seus visitantes uma estrutura adequada para obtenção de uma experiência turística de fato.

"[Po2]" Araxá

Sílvia Freire/Folha Imagem
Tropical Grande Hotel e Termas de Araxá


O esforço das águas subterrâneas que afloram nas proximidades do município de Araxá, em Minas Gerais, a 380 km de Belo Horizonte, não poderia ser melhor recompensado. A visão do Tropical Grande Hotel e Termas de Araxá, construído próximo às fontes de água radioativa e sulfurosas nas proximidades do município, é inesquecível. Construído em abril de 1944, por iniciativa do governo do Estado de Minas Gerais e com o apoio do então presidente Getúlio Vargas, o hotel foi um símbolo do crescimento da região e reúne todo o luxo que estava na moda na época: vidros bisotados, mármore de carrara, lustres de cristal e grandes salões de baile. O hotel foi fechado em 1994 para uma grande reforma e só reabriu em dezembro do ano passado, sob a administração da Rede Tropical, que o arrendou. Na reforma foram mantidos a arquitetura, o mobiliário e o charme dos anos 40. Os R$ 40 milhões investidos na restauração deram ao hotel o efeito de uma viagem no tempo, com toda a classe da época. Ao lado do hotel, ligado por uma galeria suspensa de cerca de cem metros, estão as Termas de Araxá, onde se aproveitam os efeitos terapêuticos da fontes radioativa e sulfurosa. Além das banheiras individuais com diversos tipos de banhos -inclusive o de lama!- há a piscina emanatória, que ganhou este nome por causa do vapor que emana dela e do salão envidraçado onde foi construída. A água radioativa quentinha -aquecida a 37º- tem efeito relaxante e revigorante. No centro das Termas há um lobby, coberto por um grande vitral redondo que filtra a luz, criando uma atmosfera mística que contribui para a tranquilidade do ambiente. No piso, um mosaico de peças de mármore branco e preto forma uma enorme mandala de oito pontas. A intenção do arquiteto Luís Signorelli, que tinha lá seu lado esotérico e holístico, era dar mais equilíbrio e paz ao local. As termas estão abertas ao público e não apenas aos hóspedes do hotel. O Tropical Grande Hotel fica a 8 km do centro de Araxá, na Estância do Barreiro, e teria sido construído sobre um solo que reúne todos os elementos contidos na tabela periódica -mais energia ainda... Foi lá que a seleção brasileira de futebol se preparou para a Copa de 58, na Suécia, quando começou a trajetória de vitórias. No século 19, a fonte radioativa teria sido o segredo da beleza de dona Beja, mito que virou livro e novela, e que na época escandalizou a pequena Araxá por sua independência. Foi em Araxá também, graças às propriedades terapêuticas da água sulfurosa, que Vargas teria curado sua gastrite. O hotel que se orgulha de ter recebido todos os presidente da República desde que foi inaugurado, espera a visita de Fernando Henrique Cardoso antes que ele deixe o cargo, em dezembro deste ano. Ele não sabe o que está perdendo...
Confira a reportagem completa no site:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/americadosul/brasil-araxa.shtml

Análise:

Esta é uma reportagem que mostra a interessante idéia de se construir um esplêndido atrativo turístico como o Grande Hotel nas proximidades de um emaranhado de convenientes águas medicinais que atraem curiosos do mundo todo.
Conta também sobre algumas curiosidades de pessoas importantes que desfrutaram destas maravilhas naturais encontradas na cidade de Araxá – MG.

Proposta:


Acredito que seria de grande valia a verificação de locais com estes tipos de atrativos para a implantação de edificações turísticas, para que além de divulgar mais uma localidade, ainda possamos incrementar nossa oferta turística de modo a colocar cada vez mais à frente o potencial do nosso país.

Curiosidade: Propaganda Grande Hotel & Termas de Araxá


"[Po1]" Turismo Profissões

Terça-Feira , 27 de Novembro de 2001

Oito mil quilômetros de praias, florestas, cachoeiras, montanhas... O Brasil é um paraíso para o turismo. E há muito o que ser explorado.Na reportagem sobre Profissões, você vai ver que o profissional de Turismo tem um país enorme para ser descoberto e preservado.Hotéis, restaurantes, agências, eventos, centros culturais... o profissional de Turismo atua em todas essas áreas."A profissão não está regulamentada, mas o mercado está exigindo um profissional de qualidade”, disse Paulo Mettig, diretor de faculdade do curso de Turismo.A qualificação vem com a faculdade. No Brasil, cerca de 200 oferecem graduação em turismo. A procura é cada vez maior: 249,3 candidatos/vaga na Fuvest-SP: 49,3 candidatos vão disputar uma vaga no próximo vestibular da Fuvest. O curso dura quatro anos.Em Santa Catarina, uma escola de turismo funciona dentro de um hotel. Em uma outra faculdade, foram montados um hotel e uma agência de viagens para as aulas práticas. O turismo emprega 400 mil pessoas no estado.As regiões Sul e Sudeste têm o maior número de faculdades de Turismo e também de profissionais. É, no entanto, na região Nordeste que o mercado está mais promissor. Belas praias, clima bom, construções históricas e uma cultura marcante dão à Bahia, por exemplo, um passaporte para desenvolver o turismo.Vão à Bahia, por ano, 4 milhões e 200 mil turistas. O estado fatura 1 bilhão de dólares com o setor. E os especialistas garantem: “O Brasil não está utilizando nem 30% do mercado potencial”."Temos também Amazonas, Tocantins e outros estados do Norte e Nordeste que estão precisando de profissionais mais qualificados para estruturar um turismo profissional”, disse Paulo Mettig.O profissional de Turismo é quem planeja o que fazer para explorar o potencial de uma área e promover seu desenvolvimento. Precisa ser bem informado, criativo, falar idiomas. A faixa salarial varia de 400 reais a 14 mil.“Eu pretendo trabalhar com o patrimônio cultural para valorizar o que é nosso”, disse Vanessa Souza, estudante.A interpretação do patrimônio é uma das áreas mais promissoras do mercado. Os formandos sabem disso e desenvolveram um projeto para revitalizar o forte de Mont-Serrat, em Salvador, aproveitando os talentos da comunidade. Foram criados grupos de trabalho voltados para atender turistas.Ela parece turista... mas não é. Andreia formou-se em Turismo, em São Paulo. Depois de um estágio, conseguiu um emprego no sul da Bahia. Trabalha com eco-turismo, uma área também em alta."Eu agendo os passeios para os hóspedes. É uma agência de passeios que nós temos dentro do hotel”, disse Andreia. “O profissional de Turismo trabalha para o lazer dos outros. Mas, em alguns paraísos naturais - não dá para negar - bem que consegue se divertir”."Tenho certeza que o ambiente de trabalho é agradável", disse Isaac Soares. (Ele ri e aponta o mar).Acesse o site do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), para obter mais informações sobre estágios e cursos na área de Turismo. No site do Jornal Hoje, teremos após a reportagem sobre Profissões, uma entrevista com um profissional da área. A intenção é que você conheça bem cada profissão apresentada.Roberta Pereira Alonso, 23 anos, trabalhou recentemente na CIT (Companhia Italiana de Turismo), uma multinacional com sede em Roma, na Itália, com 13 filiais pelo mundo. Ela era responsável pelo departamento de Incoming, que significa vender para estrangeiros o destino "Brasil". Roberta se formou na universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

Confira a reportagem completa no site:
http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJP0-3074-20365,00.html

Análise:

A reportagem fala sobre a profissão e o profissional de turismo abordando suas vantagens e desvantagens no cenário atual. Analisa o potencial do Brasil neste setor e aborda a questão de a profissão não estar regulamentada e o mercado exigir um profissional de qualidade, deixando a desejar no aproveitamento do que o país tem de melhor!

Proposta:

Depois dessa análise fica clara a necessidade de incentivo à regulamentação da profissão para um bom aproveitamento das ofertas naturais do Brasil, assim promovendo seu desenvolvimento e aumentando suas receitas.